PARTE 2: Colaboração#041

O cravo saiu à rua e fez florescer o que o povo vira afastado de si durante tantos, tantos anos. O poder do amor, da coragem, do desejo de paz e da esperança derrotou o medo, a injustiça, a opressão e a fome.

Em tempos antigos, representou deuses. Noutros países foi encarado como símbolo de boa sorte, o amor pelos pais e até como símbolo de fidelidade, mas nunca julgara ele, um simples cravo, ter o poder de transportar a esperança e semear a liberdade.

O cravo viu nascer sorrisos em rostos anteriormente infelizes. Sentiu os abraços intensos dados a quem vinha da guerra. Ouviu com alegria os risos de crianças nos recreios das escolas. Conseguiu escutar conversas, pois estas já não eram sussurradas. Os dias tornaram-se mais leves e luminosos. O sol já não era apenas para alguns, o sol era para todos!

Com emoção, viu uma semente sua ser plantada no coração de cada português e assistiu, orgulhoso, ao renascer de um novo Portugal.

Laura Monteiro, 5.ºH